Vender é uma tarefa que pode se tornar altamente estressante. O termo mais correto para descrever essa realidade é a síndrome de burnout. Sabe aquela sensação de exaustão que o faz desconfiar de que sua velocidade está muito alta para a capacidade que tem de suportar?

Você sempre está com a sensação de que precisa de umas férias, mas não só de atividades, mas principalmente para desacelerar a cabeça e ter um tempo de organizar a vida.

Claro que todo mundo deseja o descanso, mas quando isso torna-se algo que realmente atrapalha o rendimento e a produtividade de maneira abrupta, talvez seja hora de repensar umas coisas.

O universo das vendas pode ser realmente desafiador, exige que o profissional esteja sempre atento e em movimento. A rotina de telefonemas, reuniões, atendimentos e fechamentos, sempre em contato com pessoas diversas pode ser bem empolgante.

No entanto, as metas, a relação com a cultura da empresa, a gestão de relacionamento com um gestor, e a pressão por sucesso de faturamento pode ser um fator infernal.

O vendedor vive desconfiando da sua capacidade e perdendo a segurança diante do obcecado jeito de ver o trabalho. Vive lidando com a ideia de que ele precisa ser o melhor em tudo que fizer o tempo todo.

Haja coração, amigo.

O dia-dia de um vendedor é um suspense interminável. Cada dia uma emoção nova. O equilíbrio emocional precisa ser presente ou corre o risco dele não aguentar o baque.

Da mesma forma que uma reunião pode ser emocionante, no instante seguinte pode acontecer um problema grave, às vezes, é até bastante recompensador ajudar clientes, outras sente-se como se ele não fizesse questão de compreender seu lado. É barra, bicho.

O cansaço inexplicável é recorrente

Embora você pensa que esse cansaço seja apenas falta de sono, no fundo, algo lhe diz que por mais que durma muitas horas e fiquei apenas relaxando na cama, nada faz aliviar essa sensação de cansaço intenso.

O estresse físico não é seu pior inimigo, o que pode estar tirando seu rendimento e afetando a maneira com que percebe as tarefas é o cansaço mental. Ou seja, é quando você não consegue explicar, mas sente uma fadiga enorme.

Uma das dicas importantes para quem está nessa situação é perguntar-se: Com o que eu me sinto bem fazendo? De preferência com atividade que exijam uma certa frequência ou disciplina.

Lembro que quando me sinto nessa situação, tenho o hábito de correr. Tocar guitarra, andar na rua sem rumo, colocar uma música e prestar atenção no que a letra diz.

Precisamos aprender a dar um tempo para a nossa mente. Isso quer dizer, parar realmente de refletir sobre o que não podemos resolver no momento.

Quando tudo parecer difícil demais, pare

Aqui na minha rotina de escrever, eu trabalho muito com a mente o tempo todo, por isso, me dou o luxo de de tempos em tempos levantar-me da cadeira, ir até a janela a ficar vendo as pessoas passarem, criei também umas listas com músicas que amo no Spotify para que eu possa apenas ouvir umas duas num pequeno intervalo entre um texto e outro.

No cotidiano de vendedor, que tal realizar alguma tarefa que não está acostumado e que te dá prazer por 5 minutinhos quando está sem a capacidade de pensar sobre determinado assunto?

Talvez essa seja uma dica simples, mas importante para que possa, durante seu dia, dar uma relaxada.

O que você anda consumindo?

Por incrível que pareça, a forma como encaramos aquilo que comemos, aquilo que estamos acostumados a ver, aquilo que temos ouvido reflete totalmente na nossa maneira de alimentar nossa mente.

A sensação de desgaste total nos empurra para ansiedade, para pequenos dessossegos e isso tudo acaba nos tirando a paz. E a razão pode ser simples: Você está se entupindo de coisas ruins.

Já faz alguns anos que não assisto televisão. Talvez seja porque sou jornalista, mas a questão aqui é que desde que abdiquei de alimentar minha mente somente com aquele monte de tragédias, com a desesperança do mundo, com a sensação de medo, minha vida psicológica deu um salto enorme.

Assim, também notei que me alimentava muito mal porque estava completamente ansioso com o que estava para vir, ainda que não fazia ideia da direção que minha vida ia.
Manter a mente lendo coisas boas, vendo bons filmes, ouvindo músicas que realmente ajudam a sentir-se bem foi um segredo fundamental para me ajudar a manter mais calmo e produtivo. A dica é simples, mas é fundamental.

Coma bem, concentre-se no que é bom, não ligue para situações que não tem controle, não aceite o pessimismo sem antes investigar as razões dele.

E como driblar isso?

É claro que você não pode simplesmente parar com tudo e tirar um ano sabático, mas é possível alinhar umas coisas da sua vida pessoal com seu trabalho. Crie umas tarefas e cronogramas que você acredita que precisa melhorar, comece seu dia sem acelerar.

Por exemplo, crie tarefas fixas que possa se organizar e tente de qualquer maneira mantê-la. Assim, você pode diminuir aquela sensação emergencial de que tudo ficou para última hora. Se conseguir anote todas as tarefas concluídas com um check para que no final do dia saiba o tanto de coisas que você fez.

Aprenda a construir um ritmo que possa dar conta sem que tenha que se desgastar absurdamente. O seu segredo para a aprender a lidar com as demandas é entender a relação entre o que funciona de maneira geral, o que que funciona para você e ir medindo o sucesso dessas medidas.

Não se esqueça que mesmo que tudo esteja dando certo, o Burnout em vendedores pode acontecer. Mantenha um diálogo ativo com sua mente.

Já que não podemos apenas ficar relaxados o tempo todo que tal fazer do nosso trabalho uma experiência focada nas coisas certas, organizada de maneira prática, excitante com os detalhes e cheia de energia realocado a situação ideal. O trabalho faz parte da vida, mas não é o todo dela.