Lidar com pessoas difíceis é praticamente o cotidiano do gestor, mas quando esse desafio vem direto da sua equipe através de um funcionário que realmente não está contente é muitas vezes complicado ter que lidar com isso.

Se este funcionário é ainda por cima bastante competente, normalmente o gestor fica preocupado de dispensá-lo e acaba se sujeitando ao sujeito indisciplinado.

Ter que lidar com gente sempre é um desafio que nunca podemos saber o que esperar, mas quando o panorama profissional de uma empresa está sendo desenhado por um gestor, o funcionário que não tem bom desempenho, precisa também ser capaz de aprender a lidar com as suas próprias dificuldades em se relacionar bem com o trabalho ou colegas.

Se você tem um cenário em que os gestores acabam ficando reféns dessas pessoas, além de gastar uma quantidade desproporcional de tempo, energia emocional e mental para amenizar seus efeitos, você acaba por alastrar para toda a equipe que você pode ser um gestor bastante maleável e sem firmeza.

Quando confrontados com um funcionário difícil temos que aprender a ler quais são as coisas que nos impedem de sermos sugados pela sensação de ineficiência e frustração.

Esteja disposto a ouvir, pelo menos

Quase em todos os lugares que eu trabalhei, quando tinha um funcionário que era difícil de lidar, a razão para seu comportamento era uma insatisfação ou uma sensação de injustiça que lhe havia acometido.

É natural que como gestores, devido a nossa quantidade de tarefas, acabamos deixando de prestar atenção naquilo que realmente está acontecendo com as pessoas da nossa equipe.

Sempre que estamos estressados sempre esquecemos de olhar a razão pelo lado do outro e isso pode se transformar em uma combinação de falta de simpatia e autoproteção.

No entanto, ser um bom gestor é ser capaz de ficar atento quando alguém não está bem e reconhecer qual é a sua melhor chance de sentar, ouvir e tentar propor algo para melhorar a situação.

Fazer questão da empatia pode ser uma solução rápida para compreender, de maneira mais clara, o ponto de vista do funcionário difícil. As vantagens de uma aproximação é conhecermos um problema real que não é culpa do funcionário, mas que está sob a demanda dele, e talvez, depois de uma conversa ele comece a agir de maneira muito diferente.

Faça questão de conversar para ouvir, afinal, você pode descobrir questões legítimas que ele ou ela precisava abordar, mas não sabia como.

Dê um feedback claro e comportamental

Uma das coisas bastante comuns dentro da gestão é o gestor acreditar que os funcionários têm que aprender a lidar com as suas demandas profissionais, mentais, emocionais e de rotina sozinhos.

Por isso, eles gastam meses e até anos apenas reclamando que seus funcionários não melhoram seus comportamentos, sendo que, eles próprios nunca deram um feedback real sobre o que realmente precisam fazer de maneira diferente.

É preciso ser bem claro e objetivo sobre como determinado funcionários precisa se comportar. Talvez seja por isso que dar feedback mais conciso é uma das coisas mais desconfortáveis ​​que um gerente precisa fazer.

No entanto, a mentalidade de gestão precisa ter claramente a convicção de que ser gerentes é aprender a eventualmente desagradar.

Um bom jeito de lidar com isso é tentar diminuir a defensividade da outra pessoa e procurar fornecer informações específicas que ela precisa para melhorar.

Mostre a pessoa que você não está apenas cobrando dela, mas use feedbacks como uma espécie de mentoria para promover novas ações nas pessoas, isso tornará seu feedback mais educativo para ela.

Conversem sobre pontos específicos ao invés de ficar apenas driblando assuntos genéricos. Não importa qual seja a sua abordagem, apenas certifique-se de fazer a pessoa entender que você está contribuindo para os resultados dela e que deixou claro o que espera realmente na prática dela.

Registre e documente suas cobranças

Sempre quando geramos um compromisso com alguém, nos sentimos obrigados a ter que batalhar para cumprir. Por isso, sempre que precisar dar um feedback a alguém sobre algum ponto específico, faça questão de registrar tudo que conversaram em algum documento.

Sempre comece suas abordagens com pontos-chaves. A grande vantagem de registrar tudo é que agora, não só você deixou claro que houve essa conversa entre vocês como também, existe documentos que podem comprovar que houve uma intervenção gerencial em determinadas situações.

Agora, é precisa saber lidar com isso para que não se torne apenas uma espécie de “caderninho preto” do gerente. Se sua gestão é marcada por documentações como prudência e não como atitude negativa, será natural que toda conversa seja naturalmente registrada.

A única maneira de lidar com pessoas difíceis é colocar sua documentação para registrar comportamentos, intervenções gerenciais, e deixar garantido que todas as atitudes são de igual responsabilidade. Isso pode deixar as coisas mais claras.

Não seja molenga. Apenas seja consistente

Se todo mundo da sua equipe notar que você diz que não está bem com algo, mas quase nunca cobra as pessoas, eles certamente não o respeitarão como líder. Quando falamos de gestão, como o gestor se comporta comunica bem mais do que o que ele diz.

Uma vez que é de conhecimento de todos que você definiu as consequências para algo que não muda, não seja vingativo, mas seja coerente com o que disse. Cumpra a risca o que se submeteu a fazer. Isso vale para consequências ruins e também para promessas. Apenas não finja que nada acontece, porque isso sim será um problema no futuro.

E se você notar que nem com o cumprimento consistente das coisas que você diz, as coisas não estão melhorando, apenas seja cada vez mais específico para que haja um conhecimento geral das dificuldades.

Para evitar com que funcionários problemáticos logrem êxito na hora de propagar seu comportamento, faça com que o seu comportamento rude seja percebido com um impacto negativo real sobre eles. A grande pergunta que todos têm que fazer é: Por que eu vou agir assim, se posso ter uma opção mais saudável?

Nunca tome uma atitude pela raiva, mas seja corajoso quando precisar

Os gerentes consistentes sabem assumir uma posição segundo o que suas responsabilidades exigem. Eles são capazes de certificar-se de julgar situações sem que suas percepções particulares sejam um fator decisivo para dispensar pessoas.

Eles garantem que tudo seja o mais transparente possível e sempre deixa claro que o comportamento inadequado do outro acaba criando problemas reais para sua equipe. E que, desse modo, ele fez o que podia para apoiar pessoas nas mudanças, mas que não fazendo corretamente, acabou tendo que cumprir com o que havia dito que faria.

Demitir pessoas é uma das coisas mais difíceis da gestão, mas se precisar fazer isso, tenha garantias de que está fazendo isso certo. Não procure dar desculpas, não fique procrastinando decisões já tomadas e principalmente não delegue esta função para outras pessoas.

Apenas seja um fator redutor de estresse coletivo e não somente uma pessoa que representa o máximo de repreensão e truculência que elas conhecem.

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