A vida de vendedor é muito corrida.  Tanto profissional  como pessoal. Normalmente, estão sempre pensando em como irão bater as metas mensais e também de ficar em olho no horário de levar os filhos na escola em meio ao horário de almoço. Parece besteira, mas equilibrar a vida pessoal com os objetivos de negócio é bastante difícil para os vendedores.

Muitos orgulham-se do tempo que passam no trabalho como se isso fizesse deles grandes profissionais por isso. Em contrapartida, outros acabam deixando suas vidas pessoais influenciar demais nos resultados no trabalho.

É preciso entender que a quantidade de tempo que passa tanto no trabalho como a que passa em casa com a família não é necessariamente o melhor indicador para analisar qualidade e buscar equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Existe a fronteira entre os dois?

Conseguir dividir certinhas as duas coisas é realmente uma discussão longa. Como priorizar o trabalho quando nossos filhos acordam com febre num dia de inverno? Como ter ânimo para passear com os filhos no shopping no dia em que tomamos uma bronca de um chefe?

Mesmo que gostemos de imaginar que é possível separar completamente uma vida profissional da vida pessoal, sabemos que muito de uma está diretamente ligada a outra no dia a dia.

O mais importante é ter em mente sempre que a vida no trabalho é apenas uma parte da vida. Assim como estar com a família, cuidar da saúde ou praticar um hobby também reflete diretamente no nosso rendimento na vida profissional. Uma está complementando a outra e não necessariamente estão distantes e separados. Não é possível desligar a função mãe enquanto participa de uma reunião ou até mesmo ignorar completamente uma demanda urgente por causa de um problema pessoal.

Os especialistas concordam: o estresse crescente da jornada de trabalho sem fim é prejudicial. Pode ferir relacionamentos, saúde e felicidade geral. No entanto, é completamente possível equilibrar as coisas.

O quanto de uma influencia a outra?

Não é possível evitar com que problemas pessoais mudem a nossa produtividade ou rendimento profissional, mas é possível sim aprender a ressignificar alguns pontos de partida.

A grande questão é: O quanto queremos levar de questões de trabalho para casa e o quanto do dia-dia do nosso trabalho queremos que invada nossa realidade familiar?

Neste sentido, podemos controlar melhor a nossa exaustão emocional com momentos de lazer com a família, direcionar a obtenção de um resultado ruim em uma das áreas na recompensa da outra. É preciso mudar algumas atitudes e aprender a ver os dois lados de maneira mais leve.

Você não precisa ser perfeccionista

Muitos vendedores sofrem de tendências a serem perfeccionistas. Devido a sempre estarem sob pressão, eles acabam mantendo uma exigência alta em todas as suas áreas. Obviamente, conforme a vida vai passando, mais começam a se cobrar. A família vai crescendo, suas responsabilidades aumentando e ser uma pessoa perfeita começa a matá-lo por dentro.

Talvez um dos caminhos para evitar esta perigosa auto cobrança seja optar por um caminho não de perfeição, mas por um de excelência, ou seja realizar o máximo possível com o recurso que tem disponível.

Você não precisa ser o melhor vendedor, o pai mais incrível, a pessoa mais simpática, um batedor de metas inestimável. Apenas pense em aproveitar suas oportunidade da maneira mais objetiva e concreta possível em ambas as áreas. Com isso, deixará de carregar consigo uma responsabilidade que seja pesada demais para você. Ser produtivo é saber se beneficiar com os recursos que possui.

A tecnologia é uma amiga, não sua chefe

É claro que a tecnologia proporcionou muitas facilidades. No entanto, criou uma expectativa de acessibilidade constante e uma espécie de presença intensa o tempo todo. É por isso que o dia de trabalho parece nunca ter fim ou que nunca pode focar em suas atividades comerciais. Combine com seus familiares um tipo de mensagem para situações urgentes, avise aos colegas de trabalho que em determinado horário não estará mais acessível.

Tente pelo menos um período do dia desligar o telefone comercial ou desativar as notificações telefônicas que acabam interrompendo o tempo livre de lazer. Evite neste tempo de jejum tecnológico ficar checando notificações, enviando mensagens desnecessárias que podem aguardar, abrir e-mails de trabalho durante uma jornada com seus amigos ou família.

Levar a sério suas metas de atenção evita uma corrente de estresse. Assim que começar a implantar essas políticas de não reagir às atualizações desnecessárias, desenvolverá em você um forte hábito e poderá manter mais o controle. Pessoas determinadas tendem a ter mais controle sobre si que aquelas que são apenas reativas.

Mexa-se, mesmo que pareça que não consiga

É até meio clichê dizer que atividades físicas podem mudar completamente a sua relação com seu corpo e sua mente. Normalmente, a maior desculpa de sempre é que não resta tempo para frequentar uma academia, ir correr no parque ou simplesmente fazer uma caminhada de fim de tarde.

Não espere realmente sobrar tempo. Pense que mesmo quando estamos ocupados, arrumamos tempo para as coisas cruciais como comer, ir ao banheiro ou dormir. Tente encarar o exercício como uma das suas necessidades mais importantes. Além do exercício ser um redutor de estresse efetivo, ele pode também melhorar a nossa auto estima, confiança e nos fazer sentir mais dispostos ao dia-dia. É sabido que ele libera endorfinas do bem-estar através do seu corpo, mas o mais importante é que ele nos colocará numa disposição ainda maior.

Exercício é disciplina. Se você for franco consigo mesmo, descobrirá que na realidade ainda não faz uma atividade porque não teve a coragem e a disposição necessária. Além de aumentar sua qualidade de vida, também é uma chance de passar mais tempo com quem ama em uma atividade de grupo. Pense nisso.

Sem equilíbrio, tudo vai desmoronar

Embora pareça muito distante uma realidade de equilíbrio, temos que saber que uma hora a coisa vai realmente por água abaixo se não tomarmos cuidado com nossa saúde.

Se você tem o histórico de trabalhar muito ou talvez não tenha investido tanto em qualidade de vida, quero te convidar a pensar o quão realmente saudável tem sido sua vida, o quanto seus relacionamentos com as pessoas não deterioraram, como está sua saúde mental? Síndrome do pânico? Ansiedade? Depressão?

Não pense que realmente você está imune às dificuldades. Seu cuidado em equilibrar sua vida pessoal da profissional não é mais uma opção, mas é obrigação criar uma rotina de vida mais saudável. Isso rende mais e aumenta a qualidade de vida com as pessoas ao nosso redor.

Você não é o super-herói. E aí, que tal começar a pensar nisso tudo?